Como sinal de poder, Deus promete trono e reino àqueles que alcançam a santidade. É o que foi revelado pelas visões do Livro do Apocalipse de São João: "Também vi tronos, sobre os quais se assentaram aqueles que receberam o poder de julgar: eram as almas dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus... Feliz e Santo é aquele que toma parte na primeira ressurreição! Sobre eles a segunda morte não tem poder, mas serão Sacerdotes de Deus e de Cristo: com Ele reinarão durante os mil anos." Ap 20,4-6
Outra Graça que Ele nos promete, por meio da diocese de Éfeso e que também é sinal de Seu amor, é que comeremos do fruto da árvore da Vida, que havia sido desautorizado a Adão e Eva. Desse fruto, porém, sabemos pouco, mas é certamente outro grande dom. Jesus mesmo ditou ao Amado Discípulo, quando exorta a que jamais deixemos de ouvir nossas dioceses, pois o Divino Paráclito por elas nos fala: "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'Ao vencedor darei de comer do fruto da árvore da Vida, que se acha no paraíso de Deus.'" Ap 2,7
Ele ainda promete, como vimos acima e agora também através da diocese de Esmirna, que o Juízo Final não trará nenhuma ameaça aos Seus legítimos fiéis, pois a santificação já terá sido alcançada. E mais uma vez diz da obrigação do cristão de ouvir sua diocese: "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: 'O vencedor não sofrerá dano algum da segunda morte.'" Ap 2,11
Ora, os Santos de Deus recebem um poder que lhes fazem visivelmente superior, ainda nesse mundo, e que é perceptível mesmo àqueles que não acreditam. Também foi prescrito por Nosso Senhor, na promessa à diocese de Tiatira: "Então ao vencedor, ao que praticar Minhas obras até o fim, lhe darei poder sobre as pagãs nações." Ap 2,26
Ademais, é-lhes concedido vestir-se de branco, como o próprio Jesus, e acompanhá-Lo aonde quer que Ele vá, agora em promessa à diocese de Sardes: "Todavia, tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes. Comigo andarão vestidas de branco, porque o merecem. O vencedor assim será revestido de brancas vestes. Jamais apagarei seu nome do livro da Vida, e proclamá-lo-ei diante de Meu Pai e de Seus anjos." Ap 3,4-5
E assegura que nos sentaremos até mesmo em Seu trono, gesto que significa uma inimaginável intimidade com Deus, falando à diocese de Laodiceia: "Ao vencedor concederei assentar-se Comigo em Meu trono, assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai em Seu trono." Ap 3,21
Por fim, antes de punir a 'Grande Babilônia', Ele garante manter-nos protegidos dos eternos castigos. São João Evangelista anotou: "Também vi como que um transparente mar, irisado de fogo, e os vencedores, que haviam escapado à Fera, à sua imagem e ao número do seu nome, conservavam-se de pé sobre esse mar com as cítaras de Deus." Ap 15,2
Todas estas promessas são inquestionavelmente belas. Todavia, Deus Pai faz-nos outra ainda mais encantadora, quase ao fim destas revelações: "O vencedor herdará tudo isso. E Eu serei Seu Deus, e ele será Meu filho." Ap 21,7
Pois por Jesus somos convidados a assumir a herança da santidade, como os seguidores da tradição de São Paulo afirmam na Carta aos Hebreus: "Portanto, santos irmãos, participantes da vocação que vos destina à herança do Céu, considerai o Mensageiro e Pontífice da fé que professamos, Jesus." Hb 3,1
A Divina Glória, portanto, é a marca da união da verdadeira Igreja de Cristo, que espelha a Comunhão da Santíssima Trindade, além de prova da passagem do Salvador entre nós e do amor de Deus. Jesus rezou ao Pai pelos Apóstolos, em últimos momentos entre eles, como narra o Evangelho segundo São João: "Dei-lhes a Glória que Me deste, para que sejam Um como Nós somos Um: Eu neles e Tu em Mim. Para que sejam perfeitos na Unidade e o mundo reconheça que Me enviaste e os amaste, como amaste a Mim." Jo 17,22-23
Essa mesma Glória é oferecida a todos nós, segundo a Carta de São Paulo aos Colossenses. Ele diz em primeiras exortações: "Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos Santos na Luz." Cl 1,12