No Evangelho Segundo São João, Jesus, por Sua Misericórdia, disse à mulher flagrada em adultério: "Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar." Jo 8,11b
Também disse ao ex-paralítico do tanque de Betesda, a quem havia curado: "Eis que ficaste são. Já não peques, para não te acontecer pior coisa." Jo 5,14
E deu estes detalhes a escribas e fariseus que Lhe pediam para ver um milagre, acusando toda aquela geração por recusar-se a acolhê-Lo como o Messias. É do Evangelho Segundo São Mateus: "Quando o imundo espírito sai de um homem, ei-lo errante por áridos lugares à procura de um repouso que não acha. Diz ele, então: 'Voltarei para a casa donde saí.' E voltando, encontra-a vazia, limpa e enfeitada. Assim vai buscar sete outros espíritos, piores que ele, e entram nessa casa e aí se estabelecem. E o último estado daquele homem torna-se pior que o primeiro. Tal será a sorte desta perversa geração." Mt 12,43-45
A Segunda Carta de São Pedro, pois, argumenta sobre a recaída: "Com efeito, se aqueles que renunciaram às corrupções do mundo em favor do conhecimento de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador, nelas de novo deixam-se enredar e vencer, seu último estado torna-se pior que o primeiro." 2 Pd 2,20
Ele avisa de falsos doutores, que profanam a obra da Salvação: "Assim como entre o povo houve falsos profetas, entre vós também haverá falsos doutores que disfarçadamente introduzirão perniciosas seitas. Assim renegando o Senhor que os resgatou, sobre si atrairão uma repentina ruína. Muitos segui-los-ão em suas desordens e deste modo serão a causa de o Caminho da Verdade ser caluniado." 2 Pd 2,1-3a.14.18-19
A Carta de São Paulo aos Romanos diz dos desvios causados pela falta de religiosidade e pelas heresias: "Porque, conhecendo a Deus, não O glorificaram como Deus nem Lhe deram graças. Pelo contrário, extraviaram-se em seus vãos pensamentos e obscureceu-se-lhes o insensato coração. Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos." Rm 1,21-22
Falando da verdadeira liberdade, a Carta de São Paulo aos Gálatas vai invocar a Missão de Jesus: "É para que sejamos livres homens que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não vos submetais de novo ao jugo da escravidão." Gl 5,1
A Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios faz mesmo um paralelo no qual desdenha da real escravidão e até da própria liberdade, opondo-as ao serviço a Cristo: "Pois o escravo, que foi chamado pelo Senhor, conquistou a liberdade do Senhor. Da mesma forma, quem era livre por ocasião do chamado, fez-se escravo de Cristo. Por alto preço fostes comprados, não vos torneis escravos de homens." 1 Cor 7,22-23
E a Carta de São Paulo aos Efésios recomenda o refúgio no Senhor: "Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor por Seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do Demônio." Ef 6,10-11
Ainda no Antigo Testamento, o Livro de Eclesiástico já exaltava a completa libertação do Mal: "Aquele que ama a Deus, roga-O pelo perdão de seus pecados e acautela-se para não cometê-los no porvir." Eclo 3,4
Já a Primeira Carta de São João, como o próprio São João Batista (cf. Jo 1,29), assegura que Jesus veio para efetivamente tirar o pecado do mundo: "Todo aquele que peca transgride a Lei, porque o pecado é transgressão da Lei. Sabeis que Jesus apareceu para tirar os pecados, e que n'Ele não há pecado. Todo aquele que n'Ele permanece não peca. E todo aquele que peca não O viu, nem O conheceu." 1 Jo 3,4-6
E oferece a Divina Consolação: "Filhinhos meus, isto escrevo-vos para que não pequeis. Mas se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo." 1 Jo 2,1