quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Jesus, Prova Maior do Amor de Deus

    Jesus bem conhece os corações das pessoas, e de perto acompanha-os. Por isso, no Evangelho Segundo São Lucas, dizia que de nada vale o pagamento do dízimo quando se sonega o mais importante. Está entre os 'ai de vós' com que advertia os religiosos judeus: "Ai de vós, fariseus, que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas, mas desprezais a justiça e o amor de Deus." Lc 11,42

    E conforme o Evangelho Segundo São João, em debate com os líderes religiosos em Jerusalém na segunda festa em Sua vida pública, Ele foi ainda mais incisivo, pois começou a ser perseguido por curar um aleijado de nascença num sábado: "Não espero Minha Glória dos homens. Mas conheço-vos: sei que não tendes em vós o amor de Deus. Vim em Nome de Meu Pai, por isso não Me recebeis. Se outro vier em seu próprio nome, haveis de recebê-lo." Jo 5,41-43

    Como entender, porém, o Sacrifício ao qual Deus Pai submeteu Seu próprio Filho? Não teria sido violento demais? Mas Jesus afirmou a Nicodemos, notável dos fariseus, falando em terceira Pessoa, logo na primeira Páscoa em Jerusalém após iniciada Sua Missão: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo que lhe deu Seu Único Filho, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna." Jo 3,16

    Não por acaso, São João Apóstolo atestou Seu amor e perseverança até os últimos momentos: "Antes da festa da Páscoa, Jesus sabia que tinha chegado Sua hora, a hora de passar deste mundo para o Pai. Ele, que tinha amado os Seus que estavam no mundo, até o extremo amou-os." Jo 13,1

    E para nossa Salvação, Nosso Senhor deixou a Santa Igreja Católica, que deve ser Nossa Casa, onde somos purificados de nossas faltas. Das revelações que recebeu de Nosso Salvador, o Livro de Apocalipse de São João, em seus últimos anos, rende graças "Àquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados em Seu Sangue e que de nós fez um Reino de Sacerdotes para Deus e Seu Pai, Glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém." Ap 1,5b-6

    De fato, assim também é o Mandamento de Cristo (cf. Jo 15,12), Deus de amor, e como Ele mesmo descreve Sua Igreja. Foi logo depois do Lava-Pés, em despedida dos Apóstolos: "Dou-vos um Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos tenho amado, vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Jo 13,34-35

    E a Primeira Carta de São João explica tal amor, assim como nossa Redenção, com essas palavras: "Assim foi que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou Seu Único Filho ao mundo, para que por meio d'Ele tenhamos a Vida. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou Seu Filho como oferenda de expiação por nossos pecados. Caríssimos, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros." 1 Jo 4,9-11

    Não por acaso, na Carta de São Paulo aos Romanos lemos algo muito parecido: "Mas eis aqui uma brilhante prova de amor de Deus por nós: quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós. Se, quando ainda éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por Sua Vida." Rm 5,8-10

    E cheio de , citando três ordens de anjos, arremata: "Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura poderá apartar-nos do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, Nosso Senhor." Rm 8,38-39

    Dizia-se mesmo diante de uma poderosa força, como lemos na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "Pois o amor de Cristo nos constrange..." 2 Cor 5,14a

    Devemos, portanto, retribuir o amor de Deus com grandeza de espírito, como, logo no início da Segunda Carta de São Paulo a São Timóteo, ele diz do Espírito Santo: "Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de força, de amor e de moderação." 2 Tm 1,7