segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Sobrenatural Consolação

    Deus bem sabe quem mais precisa de Seus auxílios, e trata de reanimar-nos com as mais simples coisas, ou pela presença de alguém. A Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios registrou esse afago: "Deus, porém, que consola os humildes, confortou-nos com a chegada de Tito..." 2 Cor 7,6

    De fato, a divina consolação tem o dom de desafogar de toda ânsia e de todo mal. E quando se entra em perfeita Comunhão com o Pai, ela torna-se perene, traz a verdadeira serenidade. A Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses reza: "Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, Nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança por Sua Graça, consolem vossos corações e confirmem-nos para toda boa obra e palavra!" 2 Ts 2,16

    Afirmativamente, essa é uma das funções de nossos Sacerdotes durante a Santa Missa, pois esse é um dos dons da Palavra, segundo a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: "Aquele que profetiza, porém, fala aos homens, para edificá-los, exortá-los e consolá-los." 1 Cor 14,3

    Claro, desde que realmente estejam pregando conforme a Sã Doutrina e com autoridade. A Carta de São Paulo aos Romanos diz: "Temos diferentes dons, conforme a Graça que nos foi conferida. Aquele que tem o dom da profecia, exerça-o conforme a ." Rm 12,6

    Essa foi a principal função que Nosso Salvador atribuiu a São Pedro. O Evangelho segundo São João registrou: "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de João, amas-Me mais que a estes?' Respondeu ele: 'Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.' Disse-lhe Jesus: 'Apascenta Meus cordeiros. Apascenta Minhas ovelhas.'" Jo 21,15.17c

    Ora, ainda enquanto estava entre nós, Jesus mesmo prometeu, no Evangelho segundo São Mateus: "Vinde a Mim todos vós que estais aflitos sob o fardo, e Eu aliviá-vos-ei. Tomai Meu jugo sobre vós e recebei Minha Doutrina, porque Eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para vossas almas. Porque Meu jugo é suave e Meu peso é leve." Mt 11,28-30

    E na Primeira Carta de São Pedro, vendo aproximar-se sua hora, o Príncipe dos Apóstolos humildemente distribuía-a com os demais Sacerdotes, dando suas pessoais recomendações: "Eis a exortação que dirijo aos anciãos que estão entre vós, porque como eles sou ancião, fui testemunha dos sofrimentos de Cristo e com eles serei participante daquela Glória que há de manifestar-se. Apascentai o rebanho de Deus, que vos é confiado. Dele tende cuidado, não constrangidos, mas espontaneamente; não por amor de sórdido interesse, mas com dedicação; não como absolutos dominadores sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos de vosso rebanho." 1 Pd 5,1-3

    Mas essa deve ser a obrigação de todo cristão, pois ao passo que o Apóstolo dos Gentios pedia que eles se compadecessem uns dos outros em nome da Paz de Cristo, também pedia pelos Sacerdotes da Santa Igreja em nome da Comunhão. É o que se lê na Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses: "Assim, pois, consolai-vos e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis. Suplicamo-vos, irmãos, que reconheçais aqueles que entre vós arduamente trabalham para dirigir-vos e admoestar-vos no Senhor. Tende para com eles singular amor, em vista do cargo que exercem. Conservai a Paz entre vós." 1 Ts 5,11-13

    Ele bem sabia, no entanto, de onde vinha sua força para seguir no 'bom combate e guardar a fé (cf. 2 Tm 4,7)'. E chega a ser repetitivo ao falar dessa Graça que gostaria que fosse repassada a toda humanidade: "Bendito seja Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das Misericórdias, Deus de toda consolação, que nos consola em todas nossas tribulações, para que possamos consolar os que estão em qualquer tribulação, através da consolação que nós mesmos recebemos de Deus." 2 Cor 1,3-4

    Pois como atesta, nossa vida na fé, por si mesma, pode servir de consolação a nossos irmãos: "Assim, irmãos, fomos consolados por vós, no meio de todas nossas angústias e tribulações, em virtude de vossa fé. Agora, sim, tornamos a viver, porque permaneceis firmes no Senhor." 1 Ts 3,7-8