quarta-feira, 26 de março de 2025

A Ciência nega Deus?

    Alguns 'cientistas', acompanhados de segmentos da atual sociedade, querem negar a existência de Deus usando como argumentos a origem do Universo pelo Big Bang e a Teoria da Evolução. Para eles, o Livro do Gênesis, por exemplo, seria apenas estória infantil. Na verdade, nas Escrituras as coisas não são nem um pouco assim tão simplórias. No Livro de Jó, um dos mais antigos da Bíblia, há uma sofisticada descrição do Universo e da Terra em comparação às míticas concepções dos antigos, e extremamente pertinente com nosso atual conhecimento, embora então não se tivesse a menor noção do que viria a ser da Lei da Gravitação Universal. Um amigo dele diz: "É Deus que estende o Firmamento sobre o vazio, e suspende a Terra sobre o nada." Jó 26,7

    Esse mesmo livro, ao falar da morte o próprio Jó menciona a 'duração dos céus', uma hipótese por demais improvável para que fosse levantada àqueles tempos, e só compatível com hodiernos estudos: "... assim o homem se deita para não mais levantar. Durante toda duração dos céus, ele não despertará..." Jó 14,12

    O Livro de Salmos, quando se referiu ao Nome de Jesus, falou da duração da luz do sol, hoje um dado de cálculo científico, mas algo igualmente insondável em passados séculos: "Seu Nome será eternamente bendito, e durará tanto quanto a luz do sol. N'Ele serão abençoadas todas tribos da Terra, bem-aventurado proclamá-Lo-ão todas nações." Sl 71,17

    E dirigindo-se a Deus, o Livro de Sabedoria demostra acurado conhecimento das proporções cósmicas: "Diante de Vós, o mundo inteiro é como um grão de areia na balança, ou como uma gota de orvalho que de manhã cai sobre a terra." Sb 11,22

    Na Carta aos Hebreus, dos seguidores da tradição de São Paulo, também aparece uma impressionante ideia da origem do Universo. Tal qual no Big Bang, tudo que aí está simplesmente surgiu do nada, ou do quase nada, mas da Antimatéira ou da Matéria Escura só se veio a falar em recentes anos: "... e que as coisas visíveis se originaram do invisível." Hb 11,3b

    A Carta de São Paulo aos Romanos havia dito algo parecido, mencionando o próprio Autor: "... Deus que aos mortos dá Vida, e à existência chama as coisas que estão no nada." Rm 4,17b

    Ora, o Bóson de Higgs, recente descoberta da Física Quântica, foi chamado de 'partícula de Deus' porque é ela que dá massa, e diferenciada, a tudo que é conhecido como matéria. Pois bem, a Sabedoria já falava de 'algo' assim: "Com efeito, o Espírito do Senhor enche o Universo, dá consistência a todas coisas, não ignora nenhum som." Sb 1,7

    E ao falar da renovação do céu e da Terra, dado inimaginável até décadas atrás, a Carta aos Hebreus menciona uma imutável parte da matéria, coisa que simplesmente desconhecemos. Seria a 'essência' da eternidade? "A Palavra ainda uma vez indica o desaparecimento do que é caduco, do que foi criado, para que só o que é imutável subsista." Hb 12,27

    De fato, Jesus falou do céu e da Terra como contingentes coisas, em oposição à perenidade de Suas palavras. Foi no Evangelho segundo São Mateus, em Suas últimas pregações em Jerusalém, na Páscoa de Seu Sacrifício: "O céu e a Terra passarão, mas Minhas palavras não passarão." Mt 24,35

    Ora, há até pouco tempo cientista algum sequer tinha elementos para tratar do fim ou do recomeço do Universo, mas isso também já era cantado num Salmo a Deus: "No começo criastes a Terra, e o céu é obra de Vossas mãos. Um e outro passarão, enquanto Vós ficareis. Tudo acaba-se pelo uso como um traje. Como uma veste, Vós substituí-los e eles hão de sumir." Sl 101,26-27

    Quanto à origem da humanidade, milênios antes da descoberta do 'dna mitocondrial', cujo hominídeo pelos próprios cientistas foi chamado de 'Eva Mitocondrial', feito que confirmou toda humanidade como descendente de um mesmo ancestral, já estava no Livro de Gênesis: "Adão pôs à sua mulher o nome de Eva, porque ela era a mãe de todos viventes." Gn 3,20