quarta-feira, 25 de junho de 2025

A Obra do Espírito Santo

    No Evangelho Segundo São João, Jesus bem descreveu a missão de Seu Espírito, que Se manifestaria logo após Sua Ascensão: "Ele convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em Mim. Ele convencê-lo-á a respeito da justiça, porque Eu Me vou para junto de Meu Pai e vós já não Me vereis. E convencê-lo-á a respeito do Juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado." Jo 16,9-11

    Por isso, derramou-O sobre os Apóstolos, que são os fundamentos da Santa Igreja Católica, para que ela nos conceda, mediante o Sacramento da Confissão, a remissão dos pecados: "Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, sê-lhes-ão perdoados. Àqueles a quem os retiverdes, sê-lhes-ão retidos." Jo 20,22-23

    Ora, é o Santo Paráclito que arremata a Revelação, como o próprio Jesus avisou aos Apóstolos: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas agora não podeis suportá-las. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, Ele ensiná-vos-á toda a Verdade, porque não falará por Si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciá-vos-á as coisas que virão." Jo 16,12-13

    É Ele, pois, que para sempre caminha com a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, confortando-nos no bom combate da , tal qual Nosso Salvador prometeu: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele dá-vos-á outro Consolador, para que convosco fique eternamente." Jo 14,16

    Assim, para um perfeito entendimento da Comunhão da Santíssima Trindade, Deus Pai confirma-nos pela Palavra de Seu Filho e marca-nos pelo fogo de Seu Espírito, o Qual é o selo, a garantia de nossa Salvação. A Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios ensina: "Ora, Quem nos confirma a nós e a vós em Cristo, e nos consagrou, é Deus. Ele marcou-nos com Seu selo e a nossos corações deu o penhor do Espírito." 2 Cor 1,21-22

    De fato, a Primeira Carta de São João diz da Comunhão dos Santos: "É nisto que reconhecemos que Ele (Deus) permanece em nós: pelo Espírito que nos deu." 1 Jo 3,24b

    E a Carta de São Paulo aos Romanos comemora a ação do Divino Paráclito iniciada no Pentecostes: "A Lei do Espírito de Vida libertou-me, em Jesus Cristo, da Lei do pecado e da morte. O que era impossível à Lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus fez. Enviando, por causa do pecado, Seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne a fim de que a justiça prescrita pela Lei fosse realizada em nós que vivemos não segundo a carne, mas segundo o Espírito." Rm 8,2-4

    Mas também adverte: "Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é d'Ele." Rm 8,9b

    É necessário, pois, através da unidade promovida na Igreja pela Santíssima Trindade, que, conforme os seguidores da tradição de São Paulo na Carta aos Hebreus, clamemos ao "... Espírito Santo, Autor da Graça!" Hb 10,29

    A Carta de São Paulo aos Efésios expressamente recomenda o uso da oração: "Intensificai vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no Qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos cristãos." Ef 6.18

    Pois é no Santo Paráclito que temos a Comunhão com Deus, como ele diz: "... e a Comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!" 2 Cor 13,13

    Só através d'Ele realmente podemos amar: "E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Rm 5,5

    Afinal, a Primeira Carta de São Pedro diz que a Unção do Espírito de Deus tem por fim exatamente a obediência a Jesus, Cujo Sacrifício Pascal nos purifica. O Príncipe dos Apóstolos reza para que os fiéis sejam: "... santificados pelo Espírito para obedecer a Jesus Cristo, e receber sua parte da aspersão de Seu Sangue." 1 Pd 1,2b