domingo, 22 de junho de 2025

Reviver e Atualizar o Sacrifício Pascal

    No Evangelho Segundo São Lucas, primeiro Jesus ofereceu o Vinho, que materialmente é Seu Sangue derramado na Santa Cruz para a remissão de nossos pecados e como prova de Seu amor por nós. E expressamente pediu que a Santa Igreja Católica O partilhasse: "Pegando o Cálice, deu graças e disse: 'Tomai este Cálice e reparti-O entre vós. Pois, digo-vos: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus.'" Lc 22,17-18

    Depois ofereceu o Pão, que, pela mesma transubstanciação que ocorre ao vinho, torna-se Sua Carne, alimentos que nos dão a Vida Eterna: "Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-O e deu-lhO, dizendo: 'Isto é Meu Corpo, que é dado em favor de vós. Fazei isto em memória de Mim.'" Lc 22,19

    Pois a ação de graças, em grego 'Eucaristia', é uma questão de reconhecimento a Deus pela dádiva que é a Invencível Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, como os seguidores da tradição de São Paulo afirmam na Carta aos Hebreus: "Sim, possuindo nós um Inabalável Reino, dediquemos a Deus um reconhecimento que Lhe torne agradável nosso culto..." Hb 12,28a

    O sacerdote Zacarias, pai de São João Batista, sabia que tal culto seria possível graças ao Advento: "... de conceder-nos que, sem temor, libertados de mãos inimigas, possamos servi-Lo em santidade e justiça, em Sua presença, todos dias da nossa vida." Lc 1,73b-75

    Nesse sentido, a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios exorta para estarmos em reais condições de comungar, com os pecados devidamente confessados, perdoados e penitenciados: "Portanto, todo aquele que indignamente comer o Pão ou beber o Cálice do Senhor, será culpável do Corpo e do Sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse Pão e beba desse Cálice. Aquele que O come e O bebe sem distinguir o Corpo do Senhor, come e bebe sua própria condenação." 1 Cor 11,27-29

    Ele não tem dúvida quanto ao lugar onde devemos agradecer a Deus: "... a Ele seja dada Glória na Igreja..." Ef 3,21

    Porque para isso o Pai nos reuniu em Cristo, como está na Carta de São Paulo aos Efésios: "N'Ele é que fomos escolhidos, predestinados segundo o desígnio d'Aquele que tudo realiza por um deliberado ato de Sua vontade, para servirmos à celebração de Sua Glória, nós que desde o começo voltamos nossas esperanças para Cristo." Ef 1,11-12

    Enfatizando a Paixão de Cristo, ele pede-nos: "Como amados filhos, pois, sede imitadores de Deus. Progredi na caridade segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós Se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." Ef 5,1-2

    Por isso, os discípulos de São Paulo exortam mencionando, o Livro do Profeta Oseias: "Por Jesus ofereçamos a Deus, sem cessar, sacrifícios de louvor, isto é, o fruto dos lábios que celebram Seu Nome (Os 14,2)." Hb 13,15

    E tal Comunhão deve realizar-se na Igreja Católica, instituída nas pessoas dos Apóstolos, e por estrito intermédio de Seus obedientes Sacerdotes, como a Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios ensina: "... podereis exercer toda espécie de generosidade que, por nosso intermédio, será ocasião de agradecer a Deus. ... que se multipliquem as ações de graças a Deus. ... pela obediência que professais ao Evangelho de Cristo..." 2 Cor 9,11-13

    A Comunhão Eucarística, portanto, é o maior dos Sacramentos, ao qual todos demais estão ordenados, como Jesus mesmo asseverou no Evangelho Segundo São João: "... se não comerdes a Carne do Filho do Homem, e não beberdes Seu Sangue, não tereis a Vida em vós mesmos." Jo 6,53

    Ora, no Livro de Êxodo, diz um versículo na sequência dos 10 Mandamentos, quando Deus nos promete vital proteção: "Prestarás culto ao Senhor Teu Deus, e então Eu abençoarei teu pão e tua água, e preservá-te-ei da enfermidade." Êx 23,25