
Desde o início,
São Paulo já acusava os fiéis pelos desvios da
Sã Doutrina, pela falta de compromisso com os Apóstolos e por facilmente abraçarem as 'novidades' que apareciam. Ele escreveu aos coríntios: "Porque quando aparece alguém pregando-vos outro
Jesus, diferente daquele que vos temos pregado, ou se trata de receber outro espírito, diferente dO que haveis recebido, ou outro evangelho, diverso do que haveis abraçado, de boa mente aceitai-o." 2 Cor 11,4
E por tal impostura igualmente cobrou dos gálatas, quando se mostrou irredutível: "Estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à
Graça de
Cristo para um diferente evangelho. De fato, não há dois evangelhos: apenas há pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o
Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém, nós ou um
anjo baixado do
Céu, vos anunciasse um diferente evangelho do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar diferente doutrina da que recebestes, seja ele excomungado!" Gl 1,6-9
Ele rebate meras ingenuidades e frivolidades, afirma a
hierarquia da Igreja e exorta à
caridade espiritual como dom maior para a edificação da
Igreja, que é o
Corpo Místico de Cristo: "A uns Ele (Jesus) constituiu Apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o
aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do Corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à
unidade, da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a
estatura da maturidade de Cristo. Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer
sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus enganadores artifícios. Mas, pela sincera prática da caridade,
cresçamos em todos sentidos n'Aquele que é a Cabeça, Cristo." Ef 4,11-15
Ao aproximar-se de seu martírio, sabendo que o
rebanho ficaria mais vulnerável, ele ainda advertiu que muitas pessoas, por mera falsidade ou desvairada insensatez, escolheriam mestres que fossem tolerantes com seus
pecados: "Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a Sã Doutrina da
Salvação. Levados pelas próprias
paixões e pelo prurido de escutar novidades, para si ajustarão mestres. Apartarão os ouvidos da
Verdade e atirar-se-ão às fábulas." 2 Tm 4,3-4
Atestou que suas revelações vinham do
Espírito Santo, enquanto as falsas doutrinas eram obra do
Maligno, que
deprava consciências: "O Espírito expressamente diz que, nos vindouros tempos, alguns hão de apostatar da
fé dando ouvidos a embusteiros espíritos e a diabólicas doutrinas, de hipócritas e impostores, marcados na própria consciência com o ferrete da infâmia..." 1 Tm 4,1-2pe
E se a
Palavra de Cristo é caluniada, especificamente por causa de tantas 'igrejas' que não se entendem,
São Pedro diz que isso se dá pela má conduta de
falsos mestres, cuja marca é a
cobiça, bem como de seus seguidores, que pecam contra a
Unidade e semeiam rebeldia e
ódio entre os irmãos. Por causa deles, o Evangelho é desacreditado: "Assim como entre o povo houve falsos profetas, entre vós também haverá falsos doutores que disfarçadamente introduzirão perniciosas seitas. Eles, assim renegando o Senhor que os resgatou, sobre si atrairão repentina ruína. Muitos segui-los-ão em suas desordens e deste modo serão a causa de o
Caminho da Verdade ser caluniado. Movidos por cobiça, eles hão de explorar-vos por palavras cheias de astúcia." 2 Pd 2,1-3
Ora, o próprio Jesus predisse que ao longo dos séculos muitos seriam enganados: "Levantar-se-ão muitos falsos profetas e
seduzirão a muitos." Mt 24,11