Para deixar bem claro Quem está no comando, a Segunda Carta de São Pedro fulminou pretensiosas e egocêntricas perversões de certos 'leitores' que atentam contra a Unidade, contra a Comunhão promovida pelo Espírito Santo: "Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de pessoal interpretação." 2 Pd 1,20
A Comunhão com o Espírito Santo, portanto, é vital. Numa sentença que vale para muito 'cristão' hoje em dia, o inspirado diácono Santo Estevão não acusou anciãos, escribas e sacerdotes judeus, os membros dos Sinédrio, de não compreender as Escrituras nem de não acolher o Cristo. Ele preferiu assim expressar, como está no Livro de Atos dos Apóstolos: "Homens de dura cerviz, e de incircuncisos corações e ouvidos! Vós sempre resistis ao Espírito Santo." At 7,51
E defendendo a Tradição Messiânica expressa no Antigo Testamento, cuja realização claramente se deu na Pessoa de Jesus, a Primeira Carta de São João vai dizer: "Quem conhece a Deus, ouve-nos. Quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro. É nisto que conhecemos que estamos n'Ele e Ele em nós, por Ele ter-nos dado Seu Espírito." 1 Jo 4,6.13
A Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios explica o que isso quer dizer: "... pregamos numa linguagem que nos foi ensinada não pela humana sabedoria, mas pelo Espírito, que exprime as coisas espirituais em termos espirituais. Mas o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras. Nem pode compreendê-las, porque é pelo Espírito que se devem ponderar." 1 Cor 2,13-14
Ao acolhermos o Evangelho, portanto, é o próprio Espírito Santo Quem nos fala, conforme a Primeira Carta de São Pedro: "... revelações que agora vos têm sido anunciadas por aqueles que vos pregaram o Evangelho da parte do Espírito Santo, enviado do Céu." 1 Pd 1,12
Com o Pentecostes, portanto, começava o último capítulo da Revelação, como a Carta de São Judas aferiu: "Caríssimos, estando eu muito preocupado em escrever-vos a respeito de nossa comum Salvação, senti a necessidade de dirigir-vos esta carta para exortar-vos a pelejar pela fé, de uma vez para sempre confiada aos Santos." Jd 1,3
De forma emblemática, São Filipe, um dos 7 primeiros diáconos, guiado pelo Espírito de Deus ouviu de um eunuco, ministro da rainha de Etiópia, a pergunta que invariavelmente deveria ser feita por todo estudante da Bíblia: "O Espírito disse a Filipe: 'Aproxima-te para bem perto deste carro.' Filipe aproximou-se e ouviu que o eunuco lia o Profeta Isaías, e perguntou-lhe: 'Porventura entendes o que estás lendo?' Respondeu-lhe: 'Como é que posso, se não há alguém que mo explique?' E rogou a Filipe que subisse e sentasse junto a ele." At 8,30-31
E no Evangelho Segundo São Mateus, Jesus avisou qual será a consequência para quem, mesmo de boa vontade, ensina o que não foi inspirado pelo Espírito de Deus: o mais longo Purgatório: "Aquele que violar um destes Mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será declarado o menor no Reino dos Céus." Mt 5,19
