quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Acreditar no Amor

    Por Sua Paixão, Jesus deu uma grande prova do amor que Ele tem por nós. E veio mostrar quão longe nosso amor, comungando do de Deus, pode ir, o que já foi comprovado por muitos de Seus seguidores, verdadeiros Santos e mártires. Ele disse no Evangelho Segundo São João: "Ninguém tem maior amor que aquele que dá sua vida por seus amigos." Jo 15,13

    Aliás, uma prova de amor do próprio Pai, ainda conforme Nosso Salvador, que falou de Si em terceira Pessoa: "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo que lhe deu Seu Único Filho, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça, mas tenha a Vida Eterna." Jo 3,16

    Pois o verdadeiro amor é o mais precioso bem que tanto o ser humano quanto o próprio Deus pode oferecer. Por isso, sob o risco de reduzir-se a uma vida absolutamente sem sentido, dele não se pode descrer. Ao contrário, nele deve-se persistir, tal como Jesus ensinou: "Como o Pai Me ama, assim Eu também vos amo. Perseverai em Meu amor. Se guardardes Meus Mandamentos, sereis constantes em Meu amor, como Eu também guardei os Mandamentos de Meu Pai e persisto em Seu amor." Jo 15,9-10

    Esse amor seria a própria marca da Santa Igreja Católica, e garantiria sua Unidade: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Jo 13,35

    Ele havia indicado Seu amor como meta a ser alcançada, chamando-o de Novo Mandamento: "Dou-vos um Novo Mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como Eu vos tenho amado, assim também deveis amar-vos uns aos outros." Jo 13,34

    Os católicos, pois, são reconhecidos pelo amor de Deus e pela Comunhão dso Santos, porque Jesus é a personificação do amor de Deus, que é sobrenatural. Rezando ao Pai, Ele disse dos Apóstolos: "Manifestei-lhes Teu Nome, e ainda hei de manifestar-lho, para que o amor com que Me amaste esteja neles, e Eu neles." Jo 17,26

    Contudo, Jesus nunca Se enganou com o mundo, e apontou a grande apostasia no fim dos tempos (cf. 2 Ts 2,3), como está no Evangelho Segundo São Mateus: "E ante o crescente progresso da iniquidade, o amor de muitos esfriará." Mt 24,12

    Para que demos frutos, porém, é preciso aperfeiçoar-nos na vivência da Graça, e isso só se dá pela concreta e constante prática da negação de si mesmo e da caridade, seja espiritual ou material, como a Carta de São Paulo aos Colossenses recomenda: "Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada Misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e mutuamente perdoai-vos, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim vós também perdoai. Mas, acima de tudo, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição." Cl 3,12-14

    E a Carta de São Paulo aos Romanos argumenta: "Em rigor, nós aceitaríamos morrer por um justo. Por um homem de bem, talvez se consentisse em morrer. Mas eis aqui uma brilhante prova do amor de Deus por nós: quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós." Rm 5,7-8

    A Carta de São João anota a mesma razão, e diz em que ela implica: "Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em Ele ter-nos amado, e enviado Seu Filho para expiar nossos pecados. Caríssimos, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros." 1 Jo 4,10-11

    Diz da importância do amor como sinal da presença de Deus, na Pessoa do Espírito Santo: "Se mutuamente nos amarmos, Deus permanece em nós e Seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos n'Ele e Ele em nós: por Ele ter-nos dado Seu Espírito." 1 Jo 4,12b-13

    E se o mundo não acredita mais no amor, que ainda pode sentir, como pode acreditar em Deus se nem sequer O procura? Sem dúvida, só pela Unção do Espírito de Deus, que se dá pelo Sacramento da Crisma, podemos conhecer o verdadeiro amor, como o Apóstolo dos Gentios afirmou: "... o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado." Rm 5,5