Para que vivamos uma boa relação com Deus, basta que sejamos obedientes e confiemos, porque tudo está muito além de nossas capacidades para que tentemos compreender cada detalhe ou a integridade do Divino Projeto. Ou seja, fora o que nos foi dado conhecer pela Revelação, devemos tão somente crer, como a Carta de São Paulo aos Efésios reza ao Pai: "Àquele que, pela virtude que em nós opera, pode fazer infinitamente mais que tudo quanto pedimos ou entendemos..." Ef 3,20
E nosso conhecimento, sem a Luz de Deus, é pura cisma, precisamente o pecado cometido por Eva, e em seguida por Adão. Ora, o pleno conhecimento, sem que seja necessário ouvir a Deus, foi a oferta que a Serpente lhe fez no proibido fruto da ciência do bem e do mal. É do Livro de Gênesis: "Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos abrir-se-ão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal." Gn 3,5
Na verdade, nós devemos sim desejar 'ser deuses', ou seja, a perfeição, mas aquela oferecida por Deus, que é conforme a Revelação, como a São Pedro foi dado reconhecer Cristo no Nazareno. O Evangelho Segundo São Mateus apontou: "Então lhe disse Jesus: 'Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas Meu Pai que está nos Céus.'" Mt 16,17
Para tanto Jesus edificou a Santa Igreja Católica, que nos comunica Sua divina maturidade. O Apóstolo dos Gentios ensina: "A uns Ele constituiu Apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do Corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo." Ef 4,11-13
E nela devemos aguardar o cumprimento dos planos do Pai, como a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios revelou: "Pois nosso conhecimento é limitado. Limitada também é nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, desaparecerá o que é limitado." 1 Cor 13,9-10
Por essa razão, ainda segundo ele, foi dada à Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo a Unção do Divino Paráclito, uma garantia da Vida Eterna: "... fostes selados com o Espírito Santo que fora prometido, que é o penhor de nossa herança, enquanto esperamos a completa Redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor de Sua Glória." Ef 1,13b-14
Pois Cristo, que nos reúne em Seu amor, para sempre deve ser nossa reflexão e contemplação, além de exclusiva fonte de Sabedoria. A Carta de São Paulo aos Colossenses confidencia, dizendo daqueles que ainda não conhecia: "Tudo sofro para que seus corações sejam reconfortados e que, estreitamente unidos pela caridade, sejam enriquecidos de uma plenitude de inteligência, para conhecerem o mistério de Deus, isto é, Cristo, no Qual estão escondidos todos tesouros de Sabedoria e de ciência." Cl 2,2-3
Porque, obedecendo aos Mandamentos, temos o precioso auxílio do Divino Paráclito, como o Príncipe dos Apóstolos afirmou perante o Sinédrio, afirmando a Ressurreição e da Ascensão do Senhor, bem como a Salvação que Ele concede aos arrependidos pela Confissão dos pecados. Está no Livro de Atos dos Apóstolos: "Destes fatos nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos aqueles que Lhe obedecem." At 5,32
Não por acaso, a Primeira Carta de São Pedro assim se dirige aos fiéis: "... eleitos segundo a presciência de Deus Pai e santificados pelo Espírito, para obedecer a Jesus Cristo e receber sua parte da aspersão de Seu Sangue." 1 Pd 1,2aE a Carta de São Paulo aos Romanos rende graças a Deus, reafirmando a missão da Igreja Católica: "Àquele que é poderoso para confirmar-vos, segundo meu Evangelho, na pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério em segredo guardado durante séculos, mas agora manifestado por ordem do Eterno Deus e, por meio das Proféticas Escrituras, dado a conhecer a todas nações, a fim de levá-las à obediência da fé..." Rm 16,25-26
