Para o pleno sucesso de Sua Missão, Jesus prometeu o Espírito de Deus para arrematar e confirmar todos Seus ensinamentos: "Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu Nome, ensiná-vos-á todas coisas e recordá-vos-á tudo que vos tenho dito." Jo 14,26
E também como estava previsto através de Isaías, é Ele que nos mantém longe do pecado: "'Mas virá como Redentor a Sião, e aos arrependidos filhos de Jacó', Oráculo do Senhor. 'Eis Minha Aliança com eles', diz o Senhor: 'Meu Espírito que sobre ti repousa, e Minhas palavras que coloquei em tua boca, não deixarão teus lábios nem os de teus filhos, nem os de seus descendentes', diz o Senhor, 'desde agora e para sempre.'" Is 59,20-21
Pois, sobre os Sacerdotes da Igreja, Jesus derramou Seu Espírito para conceder-nos o perdão dos pecados: "Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: 'Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, sê-lhes-ão perdoados. Àqueles a quem os retiverdes, sê-lhes-ão retidos." Jo 20,22-23
Sem dúvida, é o Divino Paráclito que nos convence de nossas ofensas a Deus, como Nosso Senhor disse: "Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em Mim." Jo 16,9
É, portanto, por Sua unção que recebemos a libertação do pecado, como São Paulo afirma aos romanos: "Porquanto não recebestes um espírito de escravidão, para viverdes ainda no temor, mas recebestes o Espírito de Adoção pelo qual clamamos: 'Aba! Pai!'" Rm 8,15
E São Pedro, denunciando o Sinédrio e atestando a redentora Missão do Cristo, confirma a presença do Divino Paráclito na Igreja pela obediência que devotamos ao Pai: "O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, que vós matastes, suspendendo-O num madeiro. Deus elevou-O pela mão direita como Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados. Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos aqueles que Lhe obedecem.'" At 5,30-32
Assim, bem ao modo das tradições judaicas, o Sacrifício Pascal serviu para a definitiva expiação de nossas faltas. Os seguidores da tradição de São Paulo argumentam: "Pois se sangue de carneiros e de touros, e a cinza de uma vaca, com que se aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Eterno Espírito Se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo!" Hb 9,13-14
Ora, o Espírito de Deus passou a ser a marca dos cristãos, como São João Evangelista diz dos ensinamentos de Jesus: "Quem observa Seus Mandamentos, permanece em Deus e Deus nele. É nisto que reconhecemos que Ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu." 1 Jo 3,24
Por isso, logo após a manifestação do Santo Paráclito no Pentecostes, o Príncipe dos Apóstolos exortou todos ali presentes à Confissão: "Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em Nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos que de longe ouvirem o apelo do Senhor, Nosso Deus." At 2,38-39
Não por acaso, o Apóstolo dos Gentios vê no Espírito de Cristo a garantia da Salvação: "Ele (Deus) marcou-nos com Seu selo, e aos nossos corações deu o penhor do Espírito." 2 Cor 1,22