O Livro de Salmos canta a universalidade do amor de Deus: "O Senhor é clemente e compassivo, longânime e cheio de bondade. O Senhor é bom para com todos, e Sua Misericórdia estende-se a todas Suas obras." Sl 144,8-9
E o sagrado autor do Livro de Sabedoria observou: "Porque se os inimigos de Vossos filhos, dignos de morte, Vós os haveis castigado com tanta prudência e longanimidade, dando-lhes tempo e ocasião para emendarem-se, com quanto cuidado não julgareis Vós Vossos filhos, a cujos antepassados concedestes com juramento Vossa Aliança, repleta de ricas promessas?" Sb 12,20-21
De fato, no Livro de Jó, enquanto ele se deixava levar pelo desespero, um amigo tratou de alertá-lo: "Pois Deus fala de uma maneira e de outra e não prestas atenção. Por meio de sonhos, de noturnas visões, quando um profundo sono pesa sobre os homens, enquanto estão adormecidos em seus leitos, então lhes abre os ouvidos e os assusta com Suas aparições, a fim de desviá-los do pecado e de preservá-los do orgulho, para salvar-lhes a alma do fosso, e suas vidas, da mortífera flecha." Jó 33,14-18
Sem dúvida, Deus mesmo falou no Livro do Profeta Ezequiel: "'Terei Eu prazer com a morte do malvado?' Oráculo do Senhor Javé. 'Antes não desejo Eu que ele mude de proceder e viva?'" Ez 18,23
Por isso, a Primeira Carta de São Paulo a São Timóteo exorta: "Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos homens... Isto é bom e agradável diante de Deus, Nosso Salvador, o Qual deseja que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade." 1 Tm 2,1.3-4
Ele pregou aos gregos em Atenas, no Areópago, como o Livro de Atos dos Apóstolos apontou: "Deus, porém, não levando em conta os tempos da ignorância, agora convida a todos homens, de todos lugares, a arrependerem-se. Porquanto fixou o Dia em que há de julgar o mundo com justiça, pelo Ministério de um Homem que para isso destinou. A todos deu como garantia disso o fato de tê-Lo ressuscitado dentre os mortos." At 17,30-31
Pois assim ele justifica a esperança, ressaltando a importância da Graça dada pela unção da Santa Igreja Católica: "Eis uma verdade absolutamente certa e digna de fé: se nos afadigamos e sofremos ultrajes, é porque pusemos nossa esperança em Deus Vivo, que é o Salvador de todos homens, sobretudo dos fiéis." 1 Tm 4,9-10
Em admoestações, portanto, a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios pedia absoluto comedimento: "Não vos torneis causa de escândalo, nem para os judeus, nem para os gentios, nem para a Igreja de Deus. Fazei como eu: em todas circunstâncias procuro agradar a todos. Não busco meus próprios interesses, mas os interesses dos outros, para que todos sejam salvos." 1 Cor 10,32-33
O próprio Jesus, para melhor explicar os procedimentos do Pai, deu esse exemplo logo no Sermão da Montanha, ou seja, no início de Sua Missão. É do Evangelho segundo São Mateus: "... Ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos." Mt 5,45
Disse o mesmo falando sobre a característica pureza das crianças, visando protegê-las dos escândalos da devassidão dos adultos: "Assim é a vontade de Vosso Pai celeste, que não se perca um só destes pequeninos." Mt 18,14
E no Evangelho segundo São João, disse de Sua morte na Cruz: "E quando Eu for levantado da Terra, a Mim atrairei todos homens." Jo 12,32
Está na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios: "De fato, Cristo morreu por todos..." 2 Cor 5,15a
E a Carta de São Paulo aos Romanos vai repetir: "Aquele que não poupou Seu próprio Filho, mas que por todos nós O entregou, como com Ele também não nos dará todas coisas?" Rm 8,32
Por fim, a Primeira Carta de São João afirma: "Ele (Cristo) é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo mundo." 1 Jo 2,2