quinta-feira, 11 de abril de 2024

Igreja: Reino de Sacerdotes

 

    Desde Sua manifestação no flamejante arbusto, Deus prometeu a Moisés: "Agora, pois, se obedecerdes à Minha voz, e guardardes Minha Aliança, sereis Meu povo particular entre todos povos. Toda terra é Minha, mas vós sê-Me-eis um Reino de Sacerdotes e uma consagrada nação. Tais são as palavras que dirás aos israelitas." Ex 19,5-6

    E o Profeta Isaías assegurou: "... chamá-vos-ão Sacerdotes do Senhor, de ministros de Nosso Deus sereis qualificados." Is 61,6a

    O Profeta Jeremias indicou este Reino como consequência da manifestação do Cristo, quando o maior sinal do Antigo Testamento já estaria esquecido: "Dá-vos-ei pastores segundo Meu Coração, que vos apascentarão com inteligênciaSabedoria. Quando vos multiplicardes e vos tornardes numerosos na terra, naqueles dias,' Oráculo do Senhor, 'não mais se falará da Arca da Aliança do Senhor, nem mais nela se pensará, perdendo-se a lembrança e a saudade, e sequer a ela há de referir-se." Jr 3,15-16

    Ora, essa promessa cumpriu-se com a Vitória de Jesus, como São João Evangelista diz no livro do Apocalipse, quando rende graças: "Àquele que nos ama, que em Seu Sangue nos lavou de nossos pecados e que de nós fez um Reino de Sacerdotes para Deus e Seu Pai, Glória e poder pelos séculos dos séculos! Amém." Ap 1,5a-6

    De fato, oseguidores da tradição de São Paulo aferem: "Sim, possuindo nós um Inabalável Reino, dediquemos a Deus um reconhecimento que com temor e respeito Lhe torne agradável nosso culto. Porque Nosso Deus é um fogo devorador (Dt 4,24)." Hb 12,28

    Desde a Antiga Aliança, pois, o Eclesiástico já exortava entre citações do Primeiro Mandamento: "Teme a Deus com toda tua alma, e tem um profundo respeito por Seus sacerdotes. Ama com todas tuas forças Aquele que te criou, e não abandones Seus ministros." Eclo 7,31-32

    E eis que São Paulo suspira: "Irmãos, que todo mundo nos considere como servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. A este respeito, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis." 1 Cor 4,1-2

    Porque esses ofícios são divinos dons, guiados por inspiração do Divino Paráclito. Nada têm de mera instrução humana ou simples literalidade da Bíblia, principalmente após o Pentecostes, como este Apóstolo afirma: "Ele (Deus) é que nos fez aptos para ser Ministros da Nova Aliança, não a da letra, e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica." 2 Cor 3,6

    Já São Pedro convocava todos cristãos, seja ordenados ou leigos Sacerdotes, às divinas virtudes: "Vós, porém, sois uma escolhida raça, um régio sacerdócio, uma santa nação, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes d'Aquele que vos chamou das trevas à Sua maravilhosa Luz." 1 Pd 2,9

    O Amado Discípulo, enfim, viu os quatro querubins e os vinte e quatro serafins ou tronos prostrarem-se diante do Cordeiro: "Cantavam um novo cântico, dizendo: 'Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de Teu Sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça, e deles fizeste para Nosso Deus um Reino de Sacerdotes, que reinam sobre a terra.'" Ap 5,9-10